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O vício em trabalho e o caminho silencioso até o Burnout

Homem sentado diante de um computador, segurando os óculos e cobrindo o rosto com a mão, demonstrando cansaço e estresse, em ambiente de trabalho, sintomas de burnout.

Vício em trabalho: o orgulho de nunca parar pode estar te adoecendo

Quantas vezes você já ouviu alguém se orgulhar de não ter tempo nem pra respirar?
A cultura da produtividade elegeu o homem “sempre ocupado” como um herói moderno. O sujeito que trabalha 12 horas por dia, responde a e-mails de madrugada e cancela o lazer para adiantar projetos é frequentemente elogiado.

Para a saúde mental masculina — que muitas vezes associa valor à performance —, o excesso de trabalho vira um troféu. Mas é crucial fazer uma distinção: DEDICAÇÃO não é VÍCIO.

O workaholism — o vício em trabalho — é uma compulsão, um impulso que faz com que o trabalho se torne a única fonte de valor pessoal, e não uma virtude.
Abaixo da superfície desse “orgulho de nunca parar” existe um esgotamento emocional e físico que, ironicamente, destrói a própria capacidade de ter alta performance.

Por que a performance vira uma armadilha para o homem?

Desde cedo, muitos homens são ensinados a medir seu valor pela capacidade de produzir, prover e suportar. O resultado é uma geração que associa descanso à fraqueza e vulnerabilidade à falha.
A pressão é silenciosa, mas constante: quanto mais você entrega, mais respeito conquista — até que a entrega passa a ser de si mesmo.

A pressão invisível:
A cultura masculina ainda reforça que sucesso e status definem quem você é. Trabalhar demais, nesse contexto, parece uma forma de provar que se tem controle sobre a própria vida. Mas, na prática, o controle é o que se perde primeiro.

Validação externa:
O trabalho se torna o principal — e às vezes único — termômetro de valor. Cada meta atingida, cada elogio, cada resultado entregue funciona como um troféu simbólico. É a confirmação de que ele “está vencendo”. Mas esse reconhecimento é volátil: dura pouco e logo exige uma nova conquista para preencher o vazio.

O refúgio disfarçado:
Quando o sucesso vira a única fonte de autoestima, o trabalho passa a cumprir outro papel — o de esconder o que dói. É mais fácil passar 14 horas focado em planilhas e metas do que lidar com questões complexas da vida pessoal, familiar ou emocional. A rotina cheia vira uma armadura: uma fuga organizada contra a vulnerabilidade, o silêncio e o autocuidado.

Sinais de que você cruzou a linha da dedicação para o vício

Nem sempre o workaholic percebe o que está acontecendo. Pelo contrário — ele se sente produtivo, admirado, “essencial”. Mas há sinais claros de que o equilíbrio se perdeu:

  • Sente culpa quando descansa.
  • Mantém a mente no trabalho mesmo fora do horário.
  • Fica irritado ou ansioso quando não pode produzir.
  • Come, dorme ou treina pensando em e-mails, prazos ou números.
  • Negligencia relacionamentos, lazer e saúde em nome de metas.
  • Evita falar sobre sentimentos, mas fala com entusiasmo sobre resultados.

Reconhecer que você se tornou um workaholic é o primeiro passo estratégico para retomar o controle.
Não se trata de parar de trabalhar, mas de identificar quando o trabalho assumiu o controle da sua vida.

Você está usando o trabalho para realizar seus objetivos, ou o trabalho está usando você para ignorar sua vida?

O estágio final: Burnout e a exaustão do “homem forte”

O Burnout é mais do que cansaço — é o colapso do sistema depois de meses (ou anos) ignorando sinais de exaustão.
Trata-se de um estado de esgotamento físico, mental e emocional que afeta o desempenho, o humor e até o sentido de propósito.

No início, pode parecer apenas “falta de motivação”. Depois, o corpo começa a reagir: insônia, dores de cabeça, fadiga constante, irritabilidade. O que antes era prazer em entregar resultados vira um vazio crescente.

E o que torna o Burnout especialmente cruel para o homem é a dificuldade em admitir que algo não vai bem. Muitos continuam forçando o corpo e a mente, sustentando a imagem do “homem forte” — aquele que aguenta, que resolve, que não cansa.
Mas o corpo não sustenta indefinidamente o que a mente insiste em negar.

Força não é aguentar tudo sozinho.

Força é reconhecer quando algo precisa mudar. É olhar para a própria rotina com honestidade e admitir que o trabalho, por mais importante que seja, não define quem você é.

Buscar ajuda não é sinal de fraqueza — é um ato de inteligência emocional e coragem. É o primeiro passo para recuperar o controle que o workaholism tomou de você.

A terapia online pode ser esse ponto de virada.
Com apoio profissional, é possível aprender a redefinir limites, lidar com a ansiedade de performance e reconstruir uma relação mais saudável com o trabalho.

Na Igara, acreditamos que cuidar da mente é o que mantém o corpo e o propósito em movimento.
Você não precisa escolher entre sucesso e saúde. Pode — e deve — ter os dois.

Não deixe que o orgulho de nunca parar te leve ao limite. Dê o primeiro passo para o autocuidado estratégico hoje.

A Igara te ajuda a transformar pausa em propósito.
Agende sua primeira sessão de terapia e comece a cuidar de quem move tudo: você.

Psicóloga Fernanda, profissional da Igara especializada em saúde mental masculina
Fernanda Chencci

Psicóloga - CRP: 06/190980

Por:

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Psicólogo Pedro, profissional da Igara especializado em saúde mental masculina e terapia online para homens

Pedro Borsari

CRP: 06/218137

Psicólogo formado pela Universidade de São Paulo (USP), atua com base na abordagem narrativa e colaborativa, reconhecendo que cada pessoa carrega histórias únicas — e que, ao revisitar essas histórias com cuidado e respeito, é possível abrir espaço para mudança, reconexão e crescimento.

Atende adultos que enfrentam momentos de dúvida, desconexão, crises pessoais ou um incômodo persistente que não sabem nomear. Seu trabalho busca oferecer um espaço seguro para quem se sente travado, distante de si ou sobrecarregado por escolhas e expectativas que já não fazem mais sentido. Com escuta ativa e parceria, ajuda o paciente a reorganizar experiências e reconhecer novas possibilidades de ser e estar no mundo.

Na clínica de saúde mental masculina, tem acompanhado homens que convivem com cobranças internas, dificuldades em expressar o que sentem, sensação de inadequação ou questionamentos sobre identidade e propósito. Muitas vezes, são histórias silenciadas por muito tempo — e a terapia se torna um espaço onde elas finalmente podem ser ditas, escutadas e resignificadas.

Acredita que não existem respostas prontas, mas caminhos que podem ser construídos com mais consciência, autonomia e conexão com o que realmente importa para cada um.

Psicóloga Lívia, profissional da Igara especializada em saúde mental masculina e terapia

Lívia Magalhães

CRP: 06/218239

Psicóloga formada pela Universidade de São Paulo (USP), atua com base na terapia narrativa, abordagem que compreende as vidas humanas como construídas por histórias — e que reconhece o potencial de ressignificá-las para criar novas possibilidades.

Sua prática é centrada na ideia de que a terapia pode ser um espaço seguro, acolhedor e transformador, onde é possível fortalecer valores, ampliar repertórios e reconstruir a relação com os próprios caminhos e escolhas.

Sua trajetória inclui atendimentos a pessoas de diferentes faixas etárias e com demandas diversas, como relacionamentos, inseguranças, conflitos familiares, dificuldades no trabalho, parentalidade, ansiedade e depressão. Também tem se dedicado à escuta sensível de vivências ligadas à sexualidade, à população LGBTQIA+, e a experiências de luto — sejam perdas concretas ou simbólicas.

Na clínica voltada à saúde mental masculina, desenvolve um trabalho atento às narrativas que muitas vezes são silenciadas: o medo de parecer frágil, o sentimento de inadequação, o vazio emocional, as dúvidas sobre identidade ou sobre o lugar que se ocupa no mundo. Com empatia, respeito e escuta ativa, busca oferecer um espaço onde seja possível construir novas versões de si mesmo, em sintonia com os próprios valores, afetos e desejos.

Acredita que, mesmo nos contextos mais difíceis, há espaço para criação, reconexão e escolha. Seu trabalho é voltado a homens que buscam compreensão, cuidado e transformação em suas trajetórias.

Psicólogo João, profissional da Igara especializado em saúde mental masculina e terapia online para homens

João Schilling

CRP: 06/217558

Psicólogo clínico formado pela Universidade de São Paulo (USP), no campus de Ribeirão Preto, atua com base nas Terapias Cognitivo-Comportamentais (TCC). 

Com ampla experiência no atendimento de adolescentes e adultos, desenvolve um trabalho focado em promover mudanças concretas na forma como as pessoas lidam com pensamentos, emoções e comportamentos em seu dia a dia.

Sua prática clínica é voltada para pessoas que enfrentam dificuldades como ansiedade, baixa autoestima, insegurança, procrastinação, vícios, entre outras questões que afetam o bem-estar emocional e os relacionamentos. Utiliza estratégias baseadas em evidências científicas para auxiliar no desenvolvimento de habilidades práticas de enfrentamento, tomada de decisão e regulação emocional.

Na clínica de saúde mental masculina, tem acompanhado homens que lidam com a pressão por desempenho, dificuldade em expressar emoções, impulsividade, conflitos interpessoais e sensação de estar “no automático”. Seu trabalho busca oferecer ferramentas para que esses homens possam compreender melhor seus padrões de funcionamento, fortalecer sua autonomia e construir relações mais saudáveis consigo e com os outros.

Acredita que o processo terapêutico, aliado a um espaço acolhedor e colaborativo, pode abrir novos caminhos de mudança e crescimento pessoal.

Psicóloga Fernanda, profissional da Igara especializada em saúde mental masculina

Fernanda Chencci

CRP: 06/190980

Psicóloga formada pela Universidade de São Paulo (USP) e especialista em Saúde Mental pelo Hospital das Clínicas (HC/USP) , atua na clínica com base na psicanálise, oferecendo uma escuta atenta e cuidadosa para quem deseja compreender melhor suas emoções, padrões de comportamento e relações.

Com experiência tanto em contextos hospitalares quanto em consultório, já acompanhou pessoas em momentos delicados da vida — como lutos, crises pessoais, conflitos afetivos e profissionais, além de processos mais profundos de autoconhecimento. Está em formação contínua pelo Instituto Brasileiro de Psicanálise, o que reforça seu compromisso com um trabalho ético, reflexivo e humano.

Na clínica voltada à saúde mental masculina, tem acolhido homens que lidam com cobranças internas, dificuldade de se expressar, sensação de isolamento, dúvidas sobre o próprio lugar no mundo, pressões relacionadas à carreira, à sexualidade ou à paternidade. Também desenvolve um olhar atento para as questões que envolvem os relacionamentos — sejam amorosos, familiares ou sociais — e como esses vínculos impactam o bem-estar emocional e a forma como o homem se relaciona consigo mesmo.

Com respeito e sem julgamentos, Fernanda busca oferecer um espaço seguro para que cada paciente possa se ouvir com mais liberdade e encontrar caminhos mais autênticos para viver.

Acredita que a terapia não é um lugar de conserto, mas de encontro — com aquilo que somos, com o que sentimos e com o que ainda estamos nos tornando.